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domingo, 4 de março de 2012

The same old story

The same old story:

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São jovens licenciados. Acabam o curso, alguns com resultados brilhantes e, talvez ingenuamente, pensem que estes providenciarão boas oportunidades de emprego.

Depois, e utilizando a expressão de um caro amigo, ‘Apanham com a árvore de frente’.


Muitos têm de estagiar para as respectivas Ordens a preço zero ou de saldo, apenas para, posteriormente, pagarem uma mensalidade que poucas vantagens traz. Pagam-lhes 200 euros por mês, supostamente para ajudar nas despesas, mas mesmo estes míseros ‘subsídios de transporte e alimentação’ não são pagos a tempo, segundo alegações de problemas financeiros, crise – ‘Tentem compreender a situação, isto não está nada fácil’. Dizem-lhes para encararem o período de estágio como uma extensão da carreira universitária, um ano de investimento extra que seguramente trará benefícios. Ou então contratam jovens licenciados em regime de part time, 6 a 8 horas semanais que começarão a ser pagas somente 3 meses depois – actualmente numa escola perto de si. No processo ninguém comenta estas situações, ninguém denuncia as infracções à lei. O regime vigente é este, preto no branco, e não existem alternativas para quem não quer ou não pode recorrer à cunha.

Entretanto, e com salários entre os 500 e os 800 euros, os jovens vão prolongando a estadia em casa dos pais ou vivendo como estudantes em apartamentos partilhados. E a vida segue adiada. Casa própria, carro, casamento, filhos… tudo deixado para segundo plano. Alguns vão ensaiando novos cursos e formações na esperança que algo mude mas não são as competências de base ou as acrescidas que estão aqui em questão. É a mentalidade dos empregadores em Portugal, e noções básicas de respeito pelo trabalho dos outros e de custo justo no pagamento de serviços que permitam aos colaboradores uma vida digna e com perspectivas.

A critica aos empregadores não é fortuita, sei perfeitamente que não há emprego no país, que, de facto, a crise está aqui para ficar e que há situações complexas. Mas este tipo de contratações a prazo desresponsabiliza os empregadores que, por não terem contrapartidas, continuam a contratar pessoas muito para além da estabilidade orçamental da empresa. Empregar pessoas assim é viver a crédito, adquirindo um bem mesmo sabendo de antemão que jamais o poderão manter.



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