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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Uma compra nada inocente...

“Os medicamentos são para melhorar a saúde das pessoas, não são para gerar lucros às empresas”- garantia à revista “Time” o fundador dos laboratórios Merck... em 1952!

Hoje, ninguém faria uma afirmação semelhante, sob pena de se cobrir de ridículo. Basta recordar o episódio do Tamiflú, para se perceber que, actualmente, o único objectivo da indústria farmacêutica é o lucro.

Resumo o caso em breves palavras. Após o aparecimento da “gripe das aves”, as vendas daquele medicamento aumentaram 260%, esgotando a capacidade de produção por parte da Roche. A empresa, no entanto, recusou ceder a patente do produto até Outubro de 2005, quando foi ameaçada com a perda do direito de exclusividade nos Estados Unidos. Aceitou, então, vender sub licenças a laboratórios americanos, cedendo ao poderoso lobby farmacêutico do Congresso americano ( metade dos seus membros são lobbistas profissionais pagos pelo Pharma, uma concorrente de peso...).
Não é, porém, apenas devido ao negócio das patentes, que a indústria farmacêutica está sob fogo. As suas relações com o marketing e a publicidade são igualmente alvo de várias suspeitas.
Em Agosto de 2007 a Consumers International (CI) - a maior organização de consumidores a nível mundial- revelou os resultados de um estudo sobre as práticas publicitárias das 20 maiores empresas farmacêuticas do mundo ( entre as quais se encontram nomes conhecidos como a Roche, Pfizer, Abbott, Bayer ou Johnson & Johnson)
O estudo acusa as empresas farmacêuticas de “explorarem algumas condições do estilo de vida actual, como o stress e os distúrbios alimentares”, para aumentarem os seus lucros, ou de gastar em publicidade o dobro do dinheiro que aplicam na investigação.
Lembrei-me disto, a propósito do anúncio, feito hoje, de que a Pfizer comprou a Wyeth, - a sua mais poderosa concorrente e rival- tornando-se no maior grupo farmacêutico mundial, no mesmo dia em que anunciava elevadas perdas (devido à concorrência dos genéricos) e o despedimento de 15 mil trabalhadores.
A compra permitirá à Pfizer acesso a novos fármacos e segmentos de negócio.
Fiquei preocupado mas, provavelmente, é por ser pessimista…



outra.....


Fundo de João Talone compra grupo Generis por 200 milhões de euros

Aquisição na área farmacêutica


A Magnum Capital, fundo de investimento liderado por João Talone, concluiu hoje a compra da Generis, o maior grupo farmacêutico português da área dos genéricos, avaliado em cerca 200 milhões de euros.

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