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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O estado da "COISA"!!! (no doutorenfermeiro)

O Centro de Responsabilidade Integrada (CRI's) do Prof. Manuel Antunes - uma mentirinha nunca fez mal a ninguém?!


"Há, pelo menos no Saudesa, total consenso (nenhuma voz discordante ou sequer reticente) sobre a excelência de resultados, medidos em termos de quantidade e de qualidade de produção, atingidos pelo CRI dos HUC, liderado pelo Prof. Manuel Antunes" link


Num período pródigo em conceitos rentabilizadores na saúde, como de um mercado a retalho se tratasse, os administradores hospitalares discutem a reorganização dos hospitais públicos. Muitos apontam o CRI liderado pelo Prof. Manuel Antunes (HUC), como um exemplo de produtividade quantitativa e qualitativa. Bom, este é um facto interessante... para quem não conhece a realidade.

Vejamos, imensa gente aponta este serviço como extremamente rentável (resultados/ganhos de saúde muito acima da média). Ninguém se esquece, inclusivamente, de apontar que no final do ano, o Prof. Manuel Antunes, habitualmente, distribui os supostos lucros pelos profissionais de saúde (os médicos, ficam com quase tudo, lógico).
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Mas, claro, há aqui aquela mentirinha que ninguém se lembra de revelar. Sem retirar o mérito aos respectivos profissionais, tratados como "escravos", há muito a dizer no plano ético. Desde do facto do Sr. Professor Antunes achar que os Médicos devem ser homens e as Enfermeiros, mulheres (segundo ele, é a "ordem natural" das coisas) até à manifesta arrogância e má educação com os profissionais que o rodeiam.
Sob a sua "alçada", as médicas internas têm dificuldades em concluir a especialidade e as enfermeiras, quando não correspondem à expectativa, são alvejadas com frascos de soro, arremessados a alta velocidade. Mas não é só: este CRI nunca teve salas de trabalho para a Enfermagem!! Segundo o Professor, são "dispensáveis e não têm interesse".

Aliás, como se julga dono do mundo, gosta de dispôr e ordenar mandos arrogantes aos Enfermeiros, o que lhe valeu em tempos problemas com o ex-Enfermeiro-Director do HUC, Enf. Amílcar de Carvalho, pois o Professor nem sabia que quem "mandava" no Enfermeiros era a Direcção de Enfermagem! "Devia ser os médicos" - disse irado.

Como se controlam "miraculosamente" os custos?

Deveras fácil. Tal como um filho que vive em casa dos pais sem arcar com as despesas gerais, aproveitando todos os rendimentos como fontes lucrativas. O Professor, como tem o seu CRI integrado nos HUC, vê com agrado muitas das despesas com profissionais serem imputadas ao mesmo. Certos exames de diagnóstico e terapêutica, caríssimos, também. Mas há mais: como as intercorrências e complicações no âmbito dos procedimentos/internamentos são dispendiosas, só lida com os utentes que oferecem os melhores prognósticos, deixando os restantes para os outros. Só "gosta" de doentes "saudáveis".
Mas as estratégias lucrativas não terminam por aqui.... pois a competências de gestão nulas necessitam de ser compensadas com esquemas "curioso-duvidosos".
Vai valendo a dedicação de todos os profissionais envolvidos.

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Contas feitas, só em 10 hospitais...


"Estado deve 19 anos de trabalho aos Enfermeiros" link 1; link 2

Não será mais do que altura para se cobrar a dívida?

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Confidências de um Enfermeiro-Director...


Há algum tempo atrás, em conversa informal, o actual Enfermeiro-Director de uma grande instituição hospitalar - amigo e excelente profissional - confidenciou-me, com tristeza, algumas situações que vêm acontecendo e com as quais se depara cada vez com mais frequência. Conhecedor das minhas lides bloguísticas, foi peremptório quando lhe disse que, quando tivesse oportunidade, havia de transcrever aqui as suas palavras, para que todos os colegas soubessem o que passa por trás das portas de algumas direcções de Enfermagem. "Podes escrever à vontade" - disse.

Conversávamos nós, invariavelmente, sobre a actual situação dos Enfermeiros...
- "Há dias que nem quero passar pelo secretariado" - admitiu - "as pilhas de currículos que cá chegam todos os dias, matam-me mais rápido que o tabaco".

No seu jeito particular (quase nem pestaneja quando fala com alguém), continuou: "o pior é que no próximo ano nem vou conseguir admitir quase ninguém, só substituições de baixas e pouco mais"...

Perguntei, curioso, o que fazia com tantos currículos:
- "Estão amontoados no chão numa sala que era utilizada por um administrador"... e continuou: "agora, as bolsas de recrutamento abrem durante apenas dois ou três dias. É uma forma de não ter tanta gente a concorrer, senão estava mau... é impossível lidar com tanta gente, tanta papelada...".

Mas nem todos os problemas são apenas este:
- "Agora também tenho o problema das escolas "chicas-espertas". Não têm locais de estágio para todos e então encarregam os próprios alunos de se desenrascar sozinhos... chegam-me cá alunos de Enfermagem a pedir estágio!! Tenho tido muitos problemas com as escolas, estou farto de lhes dizer que esta questão é institucional e não pode ser levada a a cabo nestes termos..."

Por fim (no final de três ou quatro cigarros), acrescentou:
- "Agora, a administração pressiona-me mesmo muito. Antigamente, fazíamos tudo para segurar cá os Enfermeiros, para que se sentissem bem aqui. Cheguei a pagar a muitos mais horas extra do que salário-base, era assim que prendíamos o seu interesse... alguns entravam no quadro em 4 e 5 hospitais diferentes...como é que fazíamos? Acenávamos com horas extra [método de "contorno" para incrementar substancialmente o salário] e muitos telefonemas de persuasão... Agora? Se há algum problema discutido em reunião de conselho, dizem logo: "mande-os embora e meta cá outros." Se eu desse ouvidos a muita gente, já tinha renovado os Enfermeiros do "meu" hospital duas ou três vezes..."


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A luta dos Enfermeiros....


"Não há emprego para todos os Enfermeiros por várias razões uma das quais é os sacrificados aguentarem com tudo o que lhes impõem porque as doses de comodismo e de cagaço andam de mãos dadas e servem para pautarem os seus comportamentos.

É pena que tenham de abrir os olhos à bofetada e pontapé, dados por si próprios. Comecemos por focar as lutas que os Enfermeiros vão ter de assumir que não são do PCP/SEP/CGTP nem de qualquer outra formação politico-sindical: são dos Enfermeiros, pois é neles que reside a força. Depois têm de voltar a acreditar em si próprios e na sua força.

Veja-se com que habilidade os médicos que andam aos montões por tudo o que é sítio a dizerem que têm de continuar com a exclusividade porque são poucos em todo o lado. E todo o mundo, onde estão contidos os Enfermeiros acredita nestas aldrabices. Os directores de Enfermagem, habitualmente escolhidos pela sua capacidade de escravizarem os colegas são os primeiros a desacreditarem as possibilidades de luta e união dos Enfermeiros. É que nem percebem que se não fossem tão estúpidos não eram escolhidos por aqueles que sabem o que querem, para tão elevados cargos. Se exigissem, como lhes compete, o quantitativo de Enfermeiros suficiente para a melhor qualidade dos cuidados, estavam a fazer um bom papel, o seu verdadeiro papel. Mas aí eram eles que corriam os risco de substituição, por estarem a impedir outros de serem monopolistas.

As escolas que têm os docentes que a Enfermagem consente, muitos deles inclassificáveis, vão produzindo uns medricas que até têm medo de se sindicalizarem, porque lhes dizem que se aparecerem como filiados sindicalmente é uma má recomendação para quem procura emprego! Com mentalizações destas que querem os Enfermeiros de diferente do panorama actual?

Os americanos rejeitam os produtos que são fabricados por trabalhadores não sindicalizados; os portugueses rejeitam os sindicatos, porque pensam que se impõem sozinhos no mundo do trabalho sem a capacidade reguladora dos sindicatos.

Já avisámos os enfermeiros que gostam da Enfermagem, que se acautelem dos qualquer coisa adiada, os tais que estão em trânsito para qualquer coisa menos a Enfermagem trampolim. Até nem se escondem muito. São esse que ajudam a inquinar o ambiente e a desgostar da profissão. Uma etiqueta PQP (a pagar no destino), fica-lhes a matar, como um fato feito por medida. Na hora da luta os verdadeiros ENFERMEIROS vão aparecer/desaparecer, para mostrarem o seu valor. Enquanto os médicos se preparam para terem a melhor carreira, dentro dos mesmos princípios enformadores: comuns a médicos e Enfermeiros, pela Lei 12-A/2008 de 27 de Fevereiro, pois que, desde a FNAM, ao SIM, passando pela OM todos afinam a voz pelo mesmo diapasão, por isso há harmonia, até para mandarem os enfermeiros cantarem mais baixo.

Nos Enfermeiros ainda andam a pedir para aderirem às lutas deste e desta, como se fossem os exclusivos no exército, ou os GOE da luta dos Enfermeiros. Brunos e Maurícios ou as duas coisas, mesmo que para compensarem a bolsa de estudo seja "obrigados" a defender as cores da bandeira ceifeira, finjam que se esqueceram e sugiram a união, pois é ela que gera o sinergismo que dá a força motriz."


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Contraproposta do MS para a carreira de Enfermagem!


Está feita a contraproposta dos princípios para a nova carreira de Enfermagem pelo Ministério da Saúde.

Não há direito a regime de exclusividade. O regime de horário acrescido está fora de questão. As horas extra serão pagas (se forem!) ao preço normal. Não há valorização profissional em função da aquisição de graus académicos. Não existem compensações associadas à penosidade e ao risco da profissão. A progressão na carreira será muito difícil e depende da "vontade" dos Conselhos de Administração!
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O poder de reivindicação é muito baixo. Há quem trabalhe de qualquer forma, independentemente das condições oferecidas...
Quando a procura real é inferior à oferta disponível, o resultado é este...


tudo isto em: www.doutorenfermeiro.blogspot.com

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