Torna-te leitor do blog

Coloca aqui o teu e-mail para te inscreveres:

ATENÇÃO: clicar no link da mensagem que recebe na caixa de e-mail para validar (ver também no spam)

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

SHIATSU - algumas noções iniciais




O que é o Shiatsu?

O Shiatsu é uma arte de curar, originária do Japão, que se serve do poder do toque e da pressão para nos dar acesso às nossas próprias capacidades de auto-cura. Numa sessão de Shiatsu, o profissional utiliza a pressão dos polegares e dos outros dedos, palmas das mãos e até cotovelos, joelhos e pés para provocar uma relaxação profunda e uma sensação de bem-estar. Por vezes, é um processo dinâmico, outras, aparentemente estático, implicando a pressão e estiramento dos membros e tronco, amassando e libertando músculos contraídos e dando apoio a zonas fracas.
Do ponto de vista de quem a recebe, a massagem de Shiatsu é profundamente relaxante, embora revigorante, comunicando-nos uma sensação de tranquilidade e a consciência de um contacto com cada zona do próprio corpo. Quando somos nós a aplicar o Shiatsu é como se fizéssemos uma meditação activa, deixando-nos com uma sensação de equilíbrio e energia semelhante à do receptor.
O Shiatsu evoluiu a partir da massagem tradicional no Oriente e, tal como a acupunctura e outras terapias orientais, actua sobre o sistema energético do corpo, por meio da rede de meridianos, ou vias de energia, que se relacionam com o funcionamento de órgãos internos bem como com a nossa harmonia emocional,psicológica e espiritual.
O conceito do corpo como um organismo "energético" provém do antigo pensamento Chinês, e, ao longo de Séculos de experiência e estudo, passou a ser um Sistema de teoria médica, tão rica quanto poética. A energia, conhecida como ki em japonês (qi em chinês), percorre o corpo, assemelhando-se bastante a uma rede de rios e canais. Podem suceder coisas que perturbem o fluxo suave da Ki, provocando bloqueios, ou "represas", em certas áreas e, noutras, fraquezas, ou poços de estagnação. Tudo isto, por seu turno, pode dar origem a sintomas físicos, distúrbios psicológicos ou à sensação de que "as coisas não estão lá muito bem".
O Shiatsu utiliza a pressão física e o estiramento dos meridianos para desbloquear as "represas" que se denunciam como músculos contraídos e zonas de rigidez e revitalizar as zonas não irrigadas que talvez estejam frias, fracas, ou, somente, a precisar de apoio.
A teoria médica oriental fornece uma estrutura que permite ao profissional avaliar o estado e as necessidades energéticas do corpo, sendo capaz de explicar os motivos pelos quais este retém tensões em certas zonas, ou pontos, e se sente fraco noutros.

O Poder do Toque

As técnicas que se empregam no Shiatsu são, simultaneamente, simples e profundas. Todos nós conhecemos o "poder curativo do toque".Todas as mães sabem que um beijo e "deixa a mamã esfregar para passar o “dodói” são mais eficazes do que um penso rápido; os atletas acham que uma massagem local imediata pode ajudar muito a recuperar um músculo luxado, e quem não se sentiu bem com um afago, em situações de
stress emocional? Mas, embora ao nível do senso comum todos saibamos que precisamos de ser tocados, a nossa sociedade educou-nos no sentido de uma privação dessa sensação intuitiva, de modo que não é socialmente aceitável pedir um contacto físico, ou concedê-lo, a não ser numa situação extrema ou traumática. Todas as formas de recuperação corporal e massagem podem preencher a necessidade de sermos tocados, mas o Shiatsu é particularmente aplicável e prático num contexto diário, por várias razões.
Um dos aspectos importantes é a conveniência de o receptor permanecer vestido durante o tratamento. Numa sociedade em que sentimos inibições quanto ao facto de nos tocarem, despirmo-nos é mais um desafio que talvez leve a que o receptor se sinta desconfortavelmente vulnerável.
Em segundo lugar, a pressão lenta e firme, que caracteriza o Shiatsu, estimula energicamente uma relaxação consciente, o que permite aos mecanismos fisiológicos, que governam a tensão muscular, afrouxar com mais eficácia do que noutros tipos de recuperação corporal.
Em terceiro lugar, o Shiatsu é muito prático: Não exige nenhum equipamento especial, só um cobertor, um colchão estendido no soalho, paz e sossego.
E, em quarto lugar, muito embora o Shiatsu possa tratar um grande número de queixas graves quando praticado por um terapeuta perfeitamente instruído, os seus princípios básicos podem ser dominados por qualquer pessoa que tenha frequentado aulas de Introdução à matéria. O conhecimento a este nível chega para aliviar enxaquecas, dores e problemas ligeiros do dia-a-dia, tanto no lar como no local de trabalho ou entre amigos. Possivelmente este é, na realidade, um dos maiores poderes do Shiatsu.
No Japão, as pessoas recorrem largamente ao Shiatsu como remédio caseiro, o qual, num tal contexto, muito pode contribuir para o fortalecimento das relações humanas e para um apoio compassivo em tempos conturbados.

Prevenção e Tratamento de Doenças

Tal como outras curas naturais e terapias alternativas, o Shiatsu interessa-se pelas medidas de prevenção. Conserva o corpo saudável, flexível e equilibrado, e também controla as mudanças de energia que podem ser precursoras de doença. Do ponto de vista oriental, um desequilíbrio da Ki surge antes dos próprios sintomas das doenças.
Ao contrário da acupunctura ou da massagem da acupressão, em que o terapeuta se concentra em poucos pontos específicos, no Shiatsu estimula-se todo um meridiano desequilibrado (ou longas sessões deste). Há uma ênfase na normalização dos músculos e articulações em torno do meridiano, assim como na regularização da Ki naquele canal em particular. Embora utilizando os tradicionais pontos acupuncturais conhecidos por tsubo em japonês - o Shiatsu também reconhece que a Ki pode estar perturbada em qualquer sítio de um meridiano.






fonte: ELAINE LIECHTI. (1994). "Shiatsu. Japanese Massage for Health and Fitness". Editorial Estampa

0 comentários:

Mensagens populares

Partilhando

A minha Lista

Links para este blog

Pesquisa doenças pelo corpo

Filme cerimónia final de curso - Versão apresentada

Comentem aqui também