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quarta-feira, 10 de abril de 2013

DIABETES GESTACIONAL

DIABETES GESTACIONAL: O diabetes gestacional é um tipo de diabetes que surge durante a gravidez. Assim como qualquer tipo de diabetes, o diabetes gestacional é uma doença que afeta a forma como as células utilizam a glicose (açúcar), provocando níveis elevados desta substância no sangue, situação que pode afetar o curso da gravidez e a saúde do bebê.



Neste artigo vamos abordar os seguintes pontos sobre o diabetes gestacional:

  • O que é diabetes gestacional.
  • Fatores de risco para o diabetes gestacional.
  • Sintomas do diabetes gestacional. 
  • Diagnóstico do diabetes gestacional.
  • Consequências do diabetes gestacional.
  • Tratamento do diabetes gestacional.
Se você procura informações sobre outros tipos de diabetes, não deixe de ler também:

- O QUE É DIABETES?

- DIAGNÓSTICO DO DIABETES

- DIABETES TIPO 2 | Causas e fatores de risco

- SINTOMAS DO DIABETES

- CLORIDRATO DE METFORMINA | Indicações e efeitos colaterais

- PÉ DIABÉTICO | Causas e sintomas

O que é diabetes gestacional



O diabetes gestacional é um tipo de diabetes que apresenta uma particularidade, ele surge durante a gravidez e costuma desaparecer após o nascimento do bebê. Mulheres que são diabéticas e engravidam não são consideradas portadoras de diabetes gestacional. O diabetes gestacional é aquele que aparece somente após iniciada a gravidez.



O diabetes gestacional é uma complicação comum da gravidez, acometendo, dependendo da região, entre 2% e 15% das gestantes.

Diabetes gestacional


Em comparação com mulheres não grávidas, as gestantes tendem a ter maior risco de hipoglicemia (glicose sanguínea baixa) durante os períodos fora das refeições e durante o sono. Isso ocorre porque o feto extrai continuamente glicose da mãe, mesmo quando a mesma encontra-se em jejum. Conforme o feto cresce, maior é a sua necessidade de glicose.



A partir do segundo trimestre de gravidez, como o bebê começa a ficar grande, a mãe precisa de mecanismos protetores contra hipoglicemia, pois o consumo de glicose pelo feto torna-se intenso. Esta proteção surge através dos hormônios produzidos naturalmente pela placenta, como estrogênios, progesterona e somatomamotropina coriônica, que agem diminuindo o poder de ação da insulina, fazendo com que mais glicose fique disponível na corrente sanguínea.



O efeito anti-insulínico destes hormônios é tão forte, que no final da gravidez, o pâncreas da mãe precisa produzir até 50% mais insulina para evitar que esta fique com hiperglicemia (níveis elevados de glicose no sangue). O diabetes gestacional surge exatamente nas gestantes que não conseguem aumentar a ação da sua insulina para compensar os efeitos hiperglicemiantes dos hormônios da gravidez.



Mães com diabetes gestacional apresentam níveis elevados de glicose no sangue, principalmente após as refeições, que é o momento em que o organismo recebe uma carga grande glicose vinda dos alimentos.



O diabetes gestacional só costuma surgir a partir da metade do segundo trimestre, em geral, somente após a 20ª semana de gestação.

Fatores de risco para o diabetes gestacional



Não sabemos exatamente por que em algumas gestantes os mecanismos de controle da glicemia (glicose no sangue) se descontrolam, levando ao diabetes gestacional. Sabemos, porém, que algumas características pessoais aumentam o risco de uma grávida desenvolver diabetes gestacional. São eles:

Sintomas do diabetes gestacional



Ao contrário das outras formas de diabetes, que cursam com sintomas como perda de peso, sede excessiva, excesso de urina, visão turva e fome constante, o diabetes gestacional não costuma provocar sintomas. É sempre bom lembrar que sintomas como aumento da frequência urinária, cansaço e alterações no padrão da fome são habituais na gravidez, não servindo como parâmetro para identificação de um diabetes gestacional.



Portanto, sem a realização de exames laboratoriais de rastreio, não é possível identificar grávidas com diabetes gestacional.

Diagnóstico do diabetes gestacional



O rastreio para o diabetes gestacional é habitualmente feito entre a 24ª e a 28ª semanas de gestação. Em gestantes com alto risco, a investigação pode ser feita mais precocemente.



Atualmente há mais de uma forma de fazer o rastreio do diabetes gestacional. Não há amplo consenso sobre o melhor método. Vamos apresentar aqui algumas opções, mas elas não são as únicas.



Sem precisar fazer jejum, a gestante bebe um xarope com 50 gramas de glicose e 1 hora depois colhe sangue para avaliação da glicose. Se o valor for menor que 130 mg/dl o diabetes está descartado. Se for maior que 130 mg/dl, um novo teste, chamado teste de tolerância oral à glicose (TTOG), é indicado.



No teste de tolerância oral à glicose, a gestante colhe sangue em jejum e depois consome 75 gramas de glicose e colhe sangue novamente após 2 horas. São considerados positivos para diabetes gestacional valores de glicose em jejum acima de 126 mg/dl ou glicose sanguínea após 2 horas maior que 140 mg/dl.



O TTOG também pode ser feito com doseamento da glicose em jejum e com 1,2 e 3 horas após consumo de 100 gramas de glicose. Neste caso, para o diagnóstico do diabetes gestacional, a paciente precisa ter pelo menos 2 dos 4 valores a seguir alterados:



Jejum - normal até 95 mg/dl.

1h - normal até 180 mg/dl.

2h - normal até 155 mg/dl.

3h - normal até 140 mg/dl.



Em grávidas com elevado risco de diabetes gestacional, como nos casos de mulheres obesas ou com forte história familiar de diabetes, o rastreio pode ser feito precocemente.



Como no início da gestação as grávidas costumam ter níveis baixos de glicose, alguns protocolos sugerem que uma glicose em jejum acima de 92mg/dl em grávidas antes da 20ª semana de gravidez são indicativos de diabetes gestacional.



Mesmo que o resultado venha normal, abaixo de 92mg/dl, a paciente deve fazer um TTOG entre a 24ª e a 28ª semanas para se descartar de vez o diabetes gestacional.

Consequências do diabetes gestacional



O diabetes gestacional traz riscos à gestação e ao bebê. O excesso de glicose circulando no sangue da mãe atravessa a placenta e chega ao feto, enchendo-o de glicose. O pâncreas do feto, passa a produzir grandes quantidades de insulina, na tentativa de controlar a hiperglicemia fetal. A insulina é um hormônio que estimula o crescimento e o ganho de peso, fazendo com que o feto cresça excessivamente. Fetos de mães com diabetes gestacional habitualmente nascem com mais de 4kg e precisam ser submetidos a parto cesário.



Bebês filhos de mães com diabetes gestacional não tratado têm maior risco de morte intrauterina, problemas cardíacos e respiratórios, icterícia (leia: ICTERÍCIA | Neonatal e adulto) e episódios de hipoglicemia após o parto. Quando adultos, o risco de obesidade e diabetes mellitus tipo 2 também é maior que na população em geral.



Da parte da mãe, o diabetes gestacional aumenta o risco de abortamento, parto prematuro e pré-eclâmpsia.

Tratamento do diabetes gestacional



O controle dos níveis de glicose no sangue é essencial para a saúde materna e fetal. Para mulheres com sobrepeso ou obesidade é imperativo emagrecer. Uma dieta saudável, com controle de gordura, carboidratos e calorias é indicado para todas as gestantes. Exercícios físicos também são importantes, pois ajudam no funcionamento da insulina.



Se a mudança de hábitos de vida não resultar no controle da glicose, a gestante pode precisar usar injeções de insulina.



Nos casos mal controlados, se a paciente não entrar naturalmente me trabalho de parto, o parto é induzido na 39ª semana, para evitar que o feto cresça muito dentro útero.



Na maioria dos casos, o diabetes desaparece após o nascimento do bebê, porém, essas mães apresentam elevado risco de desenvolver diabetes tipo 2 ao longo da vida.

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