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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Governo opta por não vender o tele-lixo

Governo opta por não vender o tele-lixo:
Governo opta por vender o único canal que não passa telenovelas, pirosas ou não (se bem que as primeiras dominam), que não tem concursos da tanga e que não faz dos espaços noticiosos um autêntico folhetim de fait-divers. O governo opta por vender o único canal que emite séries a horas decentes, que tem desporto sem ser bola e que passa filmes sem serem os repetidos e repetitivos blockbusters.  Mas há-de querer que eu continue a pagar a mesma miserável taxa na factura da electricidade, os prós&prós do regime continuarão  a ter tempo de antena e a concursomania não há-de parar.
Pois eu prescindo desta RTP nova e até da velha. Longe vão os tempos em que se achava que a tele-escola que existiu nos anos 70 seria a antevisão da televisão do futuro. Televisão com grelha fixa que passa o que o operador quer à hora que ele quer é coisa do passado. Hoje há serviços online, aluguer e compra de conteúdos e uma oferta vasta de programação. Uma RTP como a RTP1, versão light dos canais privados, para nada serve, senão para manter os salários milionários, de directores mas não só.
O governo opta por fechar o que é diferente para manter o que é tele-lixo. É uma decisão sem nexo, já que o que faria sentido seria acabar de vez com a limitação ao número de canais – esta até no cabo, imagine-se, existe! Hoje em dia foram ultrapassadas as razões técnicas que dantes obrigavam à limitação do número de canais de televisão (espaço radioeléctrico finito). Um governo que se acha liberal continua a proteger os monopólios televisivos pelo controlo das licenças e acata a tese da não existência de mercado para todos. Mas existir ou não mercado é um problema dos operadores e não do estado. Cabe aos primeiros estudar se devem ou não arriscar. Por isso, toda esta história da privatização da RTP é mais um imbróglio sem nexo, sinal da incapacidade do estado, ou se se preferir, das pessoas que controlam o estado (mas o resultado é o mesmo), para planear para além do ciclo eleitoral.

Notícia: Expresso

Tagged: nacionalização, rtp, RTP1, RTP2

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