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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Coisas difíceis de explicar no nosso sistema de saúde

Coisas difíceis de explicar no nosso sistema de saúde: "




Num certo episódio do Daily Show, apresentado pelo Jon Stewart, este comentava uma notícia acerca de determinados gestores e responsáveis empresariais, terem de passar a fazer uma declaração de honra em como não vão ser desonestos e como em vão cumprir as funções para as quais foram contratados (peço desculpa pela imprecisão mas os pormenores não contam apenas a moral da história) e ele pergunta " Mas isso não é habitual actualmente"?

É verdade... Há muitas coisas que escapam à nossa compreensão ( de qualquer forma agradecia que me corrigissem se estiver enganado)

Algumas coisas que não entendo...

1. Existem milhares de enfermeiros no desemprego mas segundo dados do próprio ministério da saúde faltam mais milhares ainda e no entanto estes não são contratados!

2. Existe uma elevada falta de assiduidade causada por burn-out e baixas do foro psiquiátrico , com os custos associados à terapêutica e baixa de produtividade mas no entanto existem outros tantos psicólogos no desemprego.

3. Existem muitas recorrências à urgência para resolução de coisas pequenas e simples , cujo 'tratamento' em SU é mais caro e menos eficaz e no entanto em vez de colocarem médicos nos CSP(Cuidados de Saúde Primários) colocam estes no SU(Serviço de Urgência)... assim não sobram médicos nos CSP para os atenderem.

4. Se o ponto 3 está correcto... se existe falta de médicos de MGF (Medicina Geral e Familiar) porque é que a oferta de vagas no Ensino Superior é escassa para as necessidades?

5. Se os pontos 3 e 4 estão correctos e sem resolução (contratar e formar mais médicos) perguntar qual é exactamente a função dos CSP e quais são as 'tarefas' desempenhadas pelos médicos nesta área, perguntar se exista quem faça, pela mesma qualidade e a mais baixo preço assim como perceber se não se trata de redundância de funções e até usurpação das mesmas (deixo isto para outro 'post').

6. Existem várias críticas à qualidade dos genéricos: que não são suficientemente testados; que não têm a mesma quantidade de substância activa do medicamento "original" ; que os seus efeitos são imprevisíveis entre outras coisas mas quem aprova estes medicamentos? O Infarmed... Então quando surgem estas atoardas à credibilidade dos genéricos porque não oiço falar em críticas ao Infarmed nem este presta declarações a desmentir?

7. Se partimos do princípio que o Infarmed é uma entidade idónea todos os genéricos serão idênticos aos medicamentos originais então como é possível que sequer se questione a prescrição por DCI (Denominação comum internacional)? Um discurso fora de casa e outro dentro? Alguém tem de responder !

8. Se há excesso de formação de tantos profissionais na área da Saúde, promovida pelo Estado, ao permitir abrir vagas em escolas públicas, como é que o mesmo estado não deve garantir que estes serão empregues? Até percebo um ligeiro excedente formativo para impedir ficar refém de corporações mas da forma actual é burrice... Quanto dinheiro é gasto durante o percurso formativo para nada?

9. Se há falta de avaliação dos nossos profissionais e do nosso sistema de saúde como é possível que os conselhos de administração, aqueles que moralmente e tecnicamente(devido à responsabilidade social e técnica) deveriam ser os primeiros a serem avaliados, não o sejam?

10. Se há falta de profissionais diferenciados no pré-hospitalar porque se propõe criar uma nova carreira e novo desperdício de recursos quando existe o ponto 1 que já possui a esmagadora maioria das competências inerentes à nova carreira a ser criada, aliás ainda com mais competências ?

11. Porque não existem venda directa de medicamentos em estabelecimentos do Estado?

12. Porque são criadas recomendações para uma doença ou um problema ou uma organização (uma guideline para tratamento de úlceras de pressão, quedas, EAM, colheita de órgãos, etc etc) se não são implementadas, avaliadas, corrigidas?

13. Porque existe permissividade na elaboração e cumprimento de horários por parte dos profissionais e mesmo assim ninguém é despedido ou responsabilizado formalmente?

14. Por último... Como é possível manter o Sistema de Saúde a funcionar se se desinveste diariamente deste (a nível político e financeiro)?


Devem existir pelos menos mais umas 237 coisas que não se compreendem ... Conto convosco ;)
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