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sábado, 10 de abril de 2010

+ Saúde 7

+ Saúde 7: "


Artigo publicado na edição n.º 136 do Jornal Canas de Senhorim



Porque envelhecer é viver!


O envelhecimento faz parte do ciclo vital e, não menos, vital deve ser a forma como vivemos a velhice. Chegados à terceira idade vemo-nos a braços com várias doenças, limitações e fragilidades que afectam a nossa qualidade de vida – é de algumas delas que vos vou falar! Sabemos de antemão que uma boa saúde é essencial para que as pessoas idosas possam manter uma qualidade de vida aceitável, continuar activas, para além de se manterem autónomas. No entanto, nem sempre é possível alcançarmos um envelhecimento saudável. Enquanto idosos enfrentamos fracturas; perturbações do sono, da memória e demências; a doença de Alzheimer, a doença de Parkinson; problemas de audição, visão, entre outros. Mas… existem formas de preservar a saúde, atrasar o aparecimento destes problemas, bem como, truques para lidar com estas adversidades.


A começar pela visão, à medida que se envelhece, diferentes alterações físicas podem provocar uma redução da visão. É fundamental que faça exames médicos de rotina para detectar doenças oftalmológicas ou outras que possam, de igual modo, afectar a sua visão. É também importante ter alguns cuidados quando lê – deve ler apenas com luz muito boa, não utilizar lâmpadas de fraca voltagem e ler livros que tenham letras grandes, de preferência. Deve aproximar-se o mais possível dos objectos (por exemplo, da televisão); e aprender a reconhecer os objectos existentes em casa – portas, tapetes, cadeiras, mesas – e, se viver com outras pessoas, peça-lhes que não os mudem de lugar, assim será mais fácil movimentar-se.


A audição é, também, quotidianamente afectada. Para lidar com problemas de audição deve em primeiro lugar reconhecer que não ouve bem, pelo que, deve pedir às pessoas para repetirem o que lhe disseram, reduzir os ruídos ambientais (rádio, televisão) e, se for o caso, aumentar a intensidade do som da campainha da porta e do telefone. Em muitos casos o cerúmen (rolhão de cera) nos ouvidos pode reduzir mais a audição, tente retirá-lo, mas não utilize fósforos ou algodão, porque pode empurrar a cera ainda mais para dentro (caso não consiga deve consultar o seu médico).


Outro sentido comummente fragilizado é o tacto. O sentido do tacto, nas mãos e nos pés, pode diminuir (em especial se sofrer de diabetes) aumentando o risco de ferimentos. Ao constatar a diminuição do tacto deve proteger as mãos, olhando para elas quando está a fazer alguma coisa (por exemplo, quando vê uma panela ao lume, sabe que está quente e não deve pegar-lhe sem luvas ou pega), utilize sapatos adequados em todas as ocasiões e escolha os locais por onde passa, para não magoar os pés nas pedras ou superfícies aguçadas. Examine as mãos e os pés todos os dias para ver se estão feridos e, se tiverem alguma ferida, trate-a ou procure tratamento médico.


A vulgarmente designada “falta de ar” é outro dos problemas que os idosos referem regularmente. Isto porque uma pessoa idosa que não faça exercício com regularidade, pode sentir dificuldade em respirar a seguir a um pequeno esforço. Essa falta de ar também pode ser sintoma de doença cardíaca ou pulmonar, particularmente se for sentida quando se está em repouso, ao sentar ou levantar, ou quando acorda a meio da noite. Assim e podendo ter uma causa bem definida deve consultar um médico, mas se sentir falta de ar ao subir escadas ou a andar, pare várias vezes para descansar até sentir que a respiração normalizou.


E vertigens? Que pessoa idosa ainda não as sentiu. Uma sensação de que o corpo, ou aquilo que nos rodeia, está a andar à roda, muitas vezes acompanhada de náuseas, vómitos e, por vezes, causa de quedas. As vertigens podem ter várias causas, mas estão associadas, na maior parte das vezes, a problemas de audição. Quando ocorrerem deve procurar deitar-se em posição confortável para evitar quedas. Consulte o médico se o sintoma for muito intenso e persistente, ou peça ao médico que vá a sua casa.


Não esquecendo a osteoporose. Companheira inevitável do envelhecimento. É uma doença caracterizada pela redução acentuada da densidade óssea. Os ossos tornam-se mais frágeis e fracturam-se na sequência de quedas e traumatismos de pequena intensidade. Durante vários anos progride sem provocar queixas nem aparecimento de sintomas e é frequentemente responsável por fracturas do fémur e dos ossos do punho. Sabemos que a osteoporose é mais acentuada nas mulheres devido à menopausa e também é acelerada pela falta de exercício físico, excessiva permanência na cama, imobilização, tabagismo e consumo excessivo de álcool, mas ela pode ser prevenida. Com uma dieta rica em cálcio, especialmente à base de leite e produtos lácteos, bem como, legumes (espinafres e brócolos) podemos retardar os efeitos da doença. O seu médico pode aconselhar a densitometria óssea e medicação.


Por fim a incontinência urinária. Ela não é doença, mas pode ser sintoma de uma que, por sua vez, deve ser identificada e tratada. Não deixe que o pudor o impeça de pedir ajuda. Informe-se quanto a doenças ou medicamentos subjacentes que lhe podem provocar a incontinência, bem como, sobre o cancro da próstata (nos homens). O tratamento da incontinência depende da situação que a provocou, podendo ir da medicação e exercícios para o fortalecimento dos músculos até à utilização de sondas que recolhem a urina para um saco colector ou intervenção cirúrgica. Para reduzir os efeitos da incontinência pode adquirir roupas interiores especiais e pensos que absorvam a urina. Mas, do mesmo modo, é importante nunca deixar a bexiga encher-se completamente e esvaziar bem a bexiga cada vez que vai à casa de banho; tal como manter horários fixos para ir à casa de banho de forma a criar hábitos.


O envelhecimento é sinónimo de riqueza, cultura e experiência por isso disfrute-o da melhor forma. Uma atitude preventiva e promotora de saúde melhorará substancialmente a sua qualidade de vida na bela terceira idade.


Para sugestões e/ou recomendações de temas a abordar nesta rubrica, agradeço que contactem via electrónica para danyelrodrigues@gmail.com.


Daniel Rodrigues



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