A EPAL espera poupar um milhão e meio de euros por ano ao passar de mensais para bimestrais as facturas de 350 mil clientes. O mínimo que se pode concluir deste anúncio é que a EPAL para passar uma factura gasta 71 cêntimos. Ou seja, tanta informatização, tanto progresso e o papelinho da factura mantém um custo que só se entende, caso fosse manuscrita naqueles pretéritos livros com papel químico. Mas admitamos que é normal que uma empresa com 350 mil clientes gaste 71 cêntimos por factura. O que já não é normal é a factura propriamente dita. Em Lisboa para um consumo de 14,91 euros pagam-se mais 21,80 euros que se repartem em: quota de serviço; adicional C. M. Lisboa; saneamento variável; saneamento fixo; taxa recursos hídricos; IVA
Tudo junto dá 36,71 euros, dos quais nem metade respeita a água propriamente dita. Por fim seja mensal, bimestral ou trimestral, a impropriamente chamada factura da água (seria mais correcto designá-la factura de taxas e adicionais) não inclui dados sobre a qualidade da água. E devia incluir.
Obs. Entretanto esta lei que obrigava a facuras mensais deve ter ido para o fundo da gaveta. Duvido que caiba aos governos decidir se a factura deve ser mensal ou bimestral mas o mais fantástico é a hipocrisia do legislador que enche parágrafos e parágrafos a proibir tudo e mais alguma coisa sempre em nome do consumidor e que simultaneamente permite este castelo de taxas e adicionais. Desde que seja para pagar impostos é tudo legalíssimo!
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