A Enfermagem em Portugal atravessa tempos de mudança. Em constante negociação com o ministério, os Enfermeiros esforçam-se por verem reconhecidas as suas competências, o risco, penosidade e responsabilidade elevadíssimos associados à sua prática profissional, na nova carreira de Enfermagem. No entanto, o Ministério da Saúde apresentou recentemente a sua última proposta de carreira(8 Jan. 2010), com um conteúdo vergonhoso e discriminatório face à Enfermagem Portuguesa.
Entre muitas outras injustiças, os Enfermeiros são dos poucos, senão os únicos Licenciados que, na Função Pública, auferem um salário inferior ás suas qualificações, com bacharel (995€) em vez de Licenciado (1400€/1500€), repercutindo-se este valor na prática privada (onde muitos trabalham DE BORLA, a 2 e 3€ por hora).
Provavelmente não sabiam disto, ou sequer que se discute a carreira actualmente, porque os media (sabe-se lá porque) se mantêm reservados quanto à divulgação de informação sobre os enfermeiros.
Não queremos ser os novos professores, queremos apenas aquilo que é justo, uma carreira digna e estimulante, que traduza a importância vital dos Enfermeiros na prestação de cuidados de saúde aos Portugueses. Porque, efectivamente, a melhoria das condições laborais dos Enfermeiros se encontra directamente relacionada com a melhoria da qualidade e segurança dos cuidados prestados nos serviços de saúde.
Por si, pela sua família, apoie esta causa! Porque os Enfermeiros merecem melhores condições de trabalho, porque você merece mais e melhor Saúde!
Aqui ficam dois vídeos "publicitários" que vale a pena serem vistos.
http://www.youtube.com/watch?v=nDbiCVddU-4
http://www.youtube.com/watch?v=HYOqUBGr5dY
A RESPOSTA DOS ENFERMEIROS
...cuidados mínimos são apenas aqueles que, não sendo prestados, colocam em risco a vida dos utentes.
VEJA OS VIDEOS |
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Enfº José Carlos Martins do SEP
O Forumenfermagem.org divulga a seguir, algumas informações e iniciativas que acreditamos serem damaior importancia para o sucesso da luta que se avizinha:
1 - Colegas, informemos os utentes das razões do nosso descontentamento:
(clicar imprimir, afixar):
2 - Colegas inscrevam-se até dia 25 nos trasportes que os sindicatos disponibilizam para estarmos TODOS presentes em Lisboa no dia 29 de Janeiro.
Organizem em cada serviço uma lista de quem vai e façam chegar ao SEP pelos contactos (mail, telemóvel) que constam no documento em baixo (imprimam):
3 - Colegas, imprimam esta CARTA DE INDIGNAÇÃO, que todos devemos assinar e fazer chegar ao SEP (entreguem a um delegado da vossa instituição), para entregar no MS no dia 21 de Janeiro:
4 - Colegas, organizem-se de forma a NÃO DAR MAIS DINHEIRO ao MS.
É melhor acumular manha e tarde num dos dias de greve e folga noutro, do que estar a trabalhar de horario nos dias todos da Greve. No primeiro caso, não será descontado do ordenado o dia em que o enfermeiro grevista está de folga.
EXEMPLO 1 - Enfermeiro faz greve com horário M (27), T (28), M (29) - desconta no ordenado 3 dias de trabalho
EXEMPLO 2 - O mesmo enfermeiro faz greve, mas troca atempadamente e fica com horário - M/T (27), Folga (28), M (29) - só vai descontar no ordenado 2 dias de trabalho.
Nos casos em que seja possível,os enfermeiros deverão trocar entre si atempadamente, de forma a diminuir o seu perjuízo financeiro.
Lembrem-se o fundamental é causar impacto no sistema, e não perder dinheiro.
Os enfermeiros chefes também estão em cheque com esta proposta do MS, logo deverão aderir à GREVE e facilitar as trocas dos enfermeiros.
É FUNDAMENTAL QUE O SERVIÇO PARE NOS 3 DIAS DE GREVE.
5 - Colegas CONTRATADOS, o MS comprometeu-se nas negociações a aplicar a mesma GRELHA SALARIAL, para a carreira que vos irá englobar.
Os COLEGAS contratados devem aderir à Greve, pois o que está em causa é a sua valorização salarial.
Na mesma lógica do ponto 4, quando fôr possível, os colegas grevistas do Quadro da Função Pública, podem trocar com CONTRATADOS de forma a ficar com turnos destes, de forma a estes não perderem o subsídio de assiduidade.
LEMBREM, O PRINCIPAL É PARAR O SERVIÇO. Para isso a adesão tem de ser de 100% em cada serviço, em cada turno dos dias de greve.
RECORDEM AINDA que em algumas instituições os contratados têm um número limitado de dias em que podem faltar sem perda do subsídio. INFORMEM-SE NO VOSSO SERVIÇO DE PESSOAL, E JUNTO DO VOSSO DELEGADO SINDICAL.
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