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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O desastre da transplantação

O desastre da transplantação:

O Ministro da Saúde decidiu nomear mais um grupo de trabalho, coordenado por Hélder Trindade, presidente do IPST, para "avaliar exaustivamente as possíveis causas de diminuição da transplantação de órgãos em Portugal e propor medidas correctivas ". link

Sobre esta matéria importa recordar o seguinte:
1.º  «Questionado sobre se os transplantes estariam em risco, o ministro Paulo Macedo admitiu que "pode não haver o mesmo número de transplantes", explicando que é preciso perceber se o País "pode sustentar o actual número de transplantes".           
"O que pretendemos é manter um número de transplantes tão interessante e de qualidade como tem vindo a ser feito, mas claramente dando menos incentivos aos hospitais, porque também não é necessário. Estes incentivos visam um incremento e o que nós achamos é que não é necessário haver aqui um incremento", acrescentou o ministro.»  link

2.º  Na sequência destas declarações o presidente e a coordenadora nacional da Autoridade dos Serviços do Sangue e da Transplantação pediram a demissão em protesto contra as intenções do ministro da Saúde de cortar as verbas daquele organismo.

3. º Manuel Pizarro num artigo, "Transplantação o Desastre", publicado no expresso (18.08.12), põe o dedo na ferida:
«Os números são assustadores. No primeiro semestre de 2012, em comparação com o mesmo período do ano anterior, realizaram-se em Portugal menos 100 transplantes de órgãos. Uma queda de 22%. Na transplantação renal o recuo é ainda mais significativo: menos setenta e três transplantes, uma redução de 25%. link
Aconteceu o que especialistas vaticinaram quando o actual ministro da Saúde anunciou, logo no verão de 2011, um conjunto de medidas avulsas na área da transplantação. É altura das recordar e pedir responsabilidades.
Primeiro, a decisão de reduzir em 50% o apoio financeiro dado aos hospitais por cada transplante. Um corte excessivo e desproporcionado, incluindo até a colheita de órgãos, que era já insuficientemente apoiada.
Depois, a forma displicente como Paulo Macedo reagiu aos protestos por esta decisão. O ministro declarou, de forma pouco sensível, que o país talvez não tivesse condições para se manter na liderança mundial da transplantação.
Finalmente, a extinção da Autoridade para os Serviços de Sangue e Transplantação. Sem qualquer racionalidade, dissolveu-se este organismo qualificado, que tinha apenas sete profissionais e um orçamento de setecentos mil euros, mas excelentes resultados demonstrados. A sua actividade foi integrada no muito maior Instituto Português de Sangue e da Transplantação, a braços com a dramática situação nacional da falta de sangue. Como consequência, desapareceu a efectiva coordenação dos programas de transplantação e a capacidade de intervenção atempada, antes protagonizados pelo saber e pela dedicação sem limites de João Rodrigues Pena e de Maria João Aguiar.» link

Depois de tudo o que foi decidido e dito sobre esta matéria, ficamos a aguardar com enorme expectativa o resultado do trabalho sobre  mais este desastre da politica de saúde de Paulo Macedo.

Clara Gomes

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