Alavancagem:
i) Se tiver 10 000€
ii) Pode dar esses 10 000€ como entrada para uma casa que valha 100 000€
iii) Se o valor da casa subir para 110 000€, então o seu lucro será 10 000€, ou seja 100%.
Este é o lado bom da alavancagem, os lucros foram multiplicados, em vez de ganhar, por exemplo, 4% num depósito a prazo, ganhou 100% (descontando o juro que teve de pagar ao banco, taxas e impostos).
Por outro lado, se o valor da casa descer para 90 000€ (e estou a ser simpático, a correcção do mercado imobiliário tem sido maior, em Espanha, por exemplo, o valor do imobiliário tem descido entre 20 a 50%!), então temos problemas: acabámos de perder todo o nosso dinheiro. Se o valor da casa descer abaixo dos 90 000€, então este negócio está falido (mais uma vez, nem sequer consideramos o juro, taxas e afins…).
Pode-se fazer o exercício anterior para uma pessoa individual e, da mesma forma, também se pode fazer para os bancos. Estes emprestam com a esperança que o cliente pague o capital emprestado mais o juro. Para alavacarem as respectivas posições, endividaram-se junto de outros bancos, normalmente internacionais, para financiarem principalmente negócios imobiliários, negócios puramente financeiros e, naturalmente, o próprio estado (os nossos bancos não gostam muito de financiar a economia real, aquela que produz coisas).
Resumindo e concluindo, os bancos estão completamente falidos, tendo em conta que os empréstimos não estão a ser pagos e as respectivas garantias (terrenos, imobiliário, etc) estão a perder valor todos os dias. Felizmente têm o cidadão português para os salvar, não queremos que falte nada aos nossos queridos, competentes e inteligentes banqueiros – que levaram à ruína a sua própria industria.
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