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sábado, 7 de abril de 2012

Para os bons negócios nunca há crise

Para os bons negócios nunca há crise:
A factura da nacionalização do BPN pode custar aos contribuintes até 6,6 mil milhões de euros, contas feitas aos diversos apoios que o Estado mobilizou para a instituição que amanhã é oficialmente vendida por 40 milhões de euros ao BIC, mas que vai continuar a receber apoios no valor de 700 milhões de euros nos próximos três anos.
Para este valor contribuem os 600 milhões de euros injectados no banco para que este cumprisse os rácios de capital. Em Fevereiro, o Estado dotou ainda o BPN de igual verba para o capitalizar antes da venda. Somam-se os 1,5 mil milhões de euros de garantias que a Caixa Geral de Depósitos subscreveu.
O banco público tem ainda uma exposição de perto de 3,9 mil milhões de euros em activos problemáticos, como hipotecas e crédito malparado. Há ainda que incluir os 1, 8 mil milhões de euros em perdas com activos que o Estado assumiu em 2010.
Com a assinatura do acordo de compra e venda amanhã as obrigações do Estado português não terminam, e a CGD vai manter duas linhas de crédito, no valor de 700 milhões euros, nos próximos três anos, para assegurar, por exemplo, o risco de fuga de depósitos.

Veículos do BPN absorvem mais 1.100 milhões de euros do Estado
O orçamento retificativo entregue hoje pelo Governo na Assembleia da República inclui mais 1.100 milhões de euros para os veículos que ficaram com ativos expurgados do Banco Português de Negócios (BPN), a PARVALOREM e a PARUPS.

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