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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Encerramento da MAC, crime do governo

Encerramento da MAC, crime do governo:
A Taxa de Mortalidade em Portugal e no Mundo
O gráfico acessível através do ’link’ anterior baseia-se em dados compilados e tratados pelo Banco Mundial. É bastante elucidativo.
Aos utilizadores do  ‘site’ é permitido fazer a selecção e análise dos países que entenderem; seja a nível global, seja optando por muitíssimas combinações parciais. Para efeitos deste ‘post’, e seguindo um critério de escolha de países mais desenvolvidos, realizei a comparação combinada de indicadores de 2010,  actualizados em Março último, adiante indicada:
Taxa de mortalidade de menores de 5 anos de idade em cada 1000 
1.º Portugal ……………………………… 3,7 / 1000
2.º França e Alemanha, ex-equos…….. 4,1 / 1000
3.º Espanha ………………………………4,8 / 1000
4.º EUA ………………………………….. 7,5 / 1000
(Obs.: A taxa mundial é de 57,89 / 1000).
Portugal, é inequívoco, atingiu um lugar de primeiro plano a nível mundial. O feito é mais meritório ainda, se for realizada a avaliação do histórico: taxa de 111,7 por 1000 em 1960, a qual, em 1995, no final do consulado de Cavaco, se fixava em 10 / 1000, ou seja, perto do triplo do índice de 3,7 /100 acima indicado.
Para o sucesso obtido, houve naturalmente contributos decisivos, a nível individual, colectivo e institucional. Será justo citar a figura do obstreta e ginecologista. Prof. Albino Aroso, Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde do XI Governo Constitucional, formado pelo PSD. Quando ainda havia alguma gente decente no topo do partido laranja.
Todavia, sem os saberes, dedicação e trabalho de equipas médicas de alta qualidade, os resultados obtidos por Portugal seriam de impossível alcance. Ao nível da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, conheci inúmeros médicos e médicas, sim sobretudo médicas, de entrega exclusiva à actividade pública, das mais diferentes especialidades: obstetrícia, ginecologia, pediatria, neonatologia, enfim … equipas inteiras que tornaram a MAC uma unidade de excelência de saúde materno-infantil e mundialmente prestigada. Como, de resto, outras unidades públicas do País.
Fui um dos muitos milhões de nascidos na MAC, mas não é por idiossincrasia que contesto o decisão criminosa do governo de encerrar aquela maternidade. Oponho-me e revolto-me contra a irracional destruição de um centro médico de qualidade.
Apenas um tecnocrata da banca, adversário de tudo o que seja unidade de saúde pública e motivado para favorecer os negócios privados de saúde do grupo BES em Loures, é capaz de se atrever a cometer tamanho desmando. Age sob o comando de um PM, social e geograficamente desenraizado, que bem poderia voltar para as colheitas de dedém e bananas, envergando a tanga que está a transformar em uniforme nacional.
Há, por aí, uns quantos que criticam e desancam a valer em quem se indigna; nunca contra quem indigna. Acredito que, no caso da MAC, e porque se trata de grave ofensa ao interesse público e nacional, essa parcela de gente tenha vergonha e se cale diante da manifestação de terceiros, por legítima revolta contra o fecho da Maternidade Alfredo da Costa.

Tagged: encerramento da MAC, governo de passos coelho, Maternidade Alfredo da Costa (MAC), política de saúde de P. Macedo, políticas anti-sociais

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