“Troika faz com que 24 enfermeiros seja despedidos:
“Vinte e quatro enfermeiros foram dispensados, através de uma mensagem de correio electrónico, de oito centros de saúde de Lisboa.” (LUSA)
Estes enfermeiros trabalhavam na empresa “medicsearch”, que recebeu terça-feira uma carta da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, com a indicação que o contrato com fim a 31 de agosto não seria renovado.Esta nota de dispensa refere que a decisão surgiu na sequência da “sustentabilidade das contas públicas assumidas no memorando com a troika” e que é “um desígnio nacional a que todos devemos atender”
Permitam-me estas NOTAS PESSOAIS :
- É preciso algum descaramento para que se inclua na nota de despedimento a justificação da “Troika” e devem entender com “tranquilidade”
- O despedimento de Enfermeiros será uma realidade, fruto das medidas de contenção… No entanto o Ministério da Saúde insiste que a Qualidade não sairá prejudicada !!!
- As Escolas de Enfermagem continuam a debitar Enfermeiros, por vezes com lacunas na Formação e muitas das vezes sem os preparar para o mercado de trabalho que vão enfrentar.
- O Excesso de Vagas para o Curso de Enfermagem, que as Escolas de enfermagem TEIMAM em abrir, leva a isto mesmo, ou seja a situações de extrema precariedade, mesmo que os centros de saúde e Hospitais precisem dos seus serviços para assegurarem determinado programas de saúde, o DESEMPREGO será o caminho para quem terminou recentemente ou esteja a finalizar o curso de enfermagem.
- Não temos Carreira de Enfermagem - ou melhor ela só se aplica à antiga Função Pública que agora são uma pequena fatia dos Enfermeiros a trabalhar em Portugal.
O SEP, na voz de Pedro Frias alerta que só na ARS de Lisboa e Vale do Tejo estão mais de 200 enfermeiros em condição idêntica. “Estes são os primeiros a ser despedidos e como trabalhavam em centros de saúde com população envelhecida vai ser problemática a sua saída”, acrescentou Pedro Frias.
A bastonária da Ordem dos Enfermeiros considera esta decisão “absolutamente incompreensível”elamenta que o “número elevado de enfermeiros” que exercem a sua profissão sem vínculo ao Ministério da Saúde se deva a um “subterfúgio” encontrado pelo Governo. A Enfermeira Maria Augusta Sousa também considera estranho que “ao abrigo daquilo que são os compromissos da ‘troika’ se venha reduzir o número de enfermeiros numa área geográfica onde está comprovado que é onde existe uma carência acentuada”.
O Ministério da Saúde decidiu que os hospitais, centros hospitalares e unidades locais de saúde integrados no sector empresarial do Estado devem reduzir em 11 por cento os custos operacionais para 2012. Esta redução de 200 milhões de euros deverá contemplar a redução de cargos dirigentes, em resultado da concentração e da racionalização nos hospitais públicos e nos centros de saúde.
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