Todas as medidas actuais assemelham-se à metáfora de tentar suster o leito de um rio na foz e não mais próximo da nascente.
Falamos da excessiva ida das pessoas às Urgências esquecendo-nos que estas julgam não ter outra opção ( e muitas vezes não têm) mas também ninguém lhes explica o porquê nem muito menos convencê-las do mesmo...
Porque não instituir uma disciplina de Educação para a Saúde, de igual peso curricular do Português ou da Matemática, desde a 1ª classe ao final da faculdade, aumentando gradualmente a complexidade dos conteúdos (deixo a escolha do momento oportuno para os especialistas da área da educação em saúde)?
Assuntos a abordar (entre outros):
-SBV (suporte básico de vida);
- Primeiros socorros;
- Reconhecimento de situações urgentes como sinais e sintomas de AVC, EAM(mais de 40000 mortes por ano em Portugal relacionadas com doenças cardiovasculares) entre outras doenças de elevada mortalidade;
- Funcionamento da estrutura do SNS: SIEM; CSP; Hospitais; UCC; UCCI, legislação na saúde; explicação das competências dos diversos profissionais...
- Eduação Sexual
- Prevenção do consumo de drogas (álcool, tabaco, haxixe, cocaína, etc etc)
- Hábitos de vida saudáveis
-ETC ETC ETC?
Não seria tão mais fácil lidar com pessoas informadas sobre os seus direitos e acima de tudo com os seus deveres enquanto utilizadores dos serviços de saúde? Aí sim talvez pudéssemos chamá-los de cliente na medida em que são consumidores informados sobre o produto/serviço que lhe é prestado/vendido...
Medidas que assegurem o Estado Social e até o seu aperfeiçoamento precisam-se e rápido porque o conceito de utilizador pagador também está aí a chegar... e não pensem que terão dinheiro para pagar os serviços prestados porque os seguros de saúde podem bem ser um gatoou pensavam que seria uma lebre?
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