Já não bastavam todos os problemas subjacentes à nossa carreira, eis que surge um novo,
a administração da ULSAM corta as horas extraordinárias aos enfermeiros. Quem desconhece a realidade pode e bem pensar 'Acho bem, estamos em crise', mas convém ressalvar o seguinte,
As equipas de enfermagem são as primeiras a concordar com a admissão de mais enfermeiros, facto que iria acabar com as horas extraordinárias. Porém isto não acontece, não entram mais enfermeiros e os que lá estão têm que responder às necessidades dos serviços, logo têm que trabalhar mais. Por lei, quem trabalhe mais do que aquilo que está estipulado, tem o direito a ser remunerado justamente, ou seja, que lhe paguem as horas extraordinárias. A 'coisa' já se arrasta há demasiado tempo e várias engenharias se têm feito para ir tapando o problema, mas agora chegou ao ponto de 'estouro'.
Todas as horas já efectuadas, têm que ser pagas, é um princípio básico! Mas é um princípio que não está a ser respeitado! A ULSAM deve dinheiro aos enfermeiros!
Só não entendo que os enfermeiros sejam logo o primeiro alvo de poupanças, quando temos médicos a ganhar exorbitâncias em horas extraordinárias e é algo que já é tão normal que ninguém se incomoda. Quando temos médicos em que todas as suas horas de urgência são pagas como horas extraordinárias, em que em todas as horas extraordinárias já estão previamente definidas em todos os seus horários, eu pergunto, onde está a poupança??!! A poupança está no roubo aos enfermeiros. Que fique bem claro, os enfermeiros não querem fazer horas extraordinárias, mas se têm que as fazer que as paguem!!!!!!
Como é dito pelo Doutor Enfermeiro (ver link, fala exactamente deste problema), é mais um caso de sindrome invertido do Robin dos Bosques e eu como verdadeiro Robin dos Hospitais, tenho o dever de expor, já que não posso roubar aos ricos para dar aos pobres
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